segunda-feira, 4 de junho de 2007
Austin atribui Rating de Crédito de Longo Prazo A- para a Omni Financeira
O Comitê de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 04 de junho de 2007, atribuiu o rating de crédito de longo prazo A- ("A menos") para a Omni S/A Crédito, Financiamento e Investimento (Omni CFI); a perspectiva do rating é "estável". O rating de crédito atribuído à Omni CFI reflete, por um lado, os seus diversos aspectos positivos, entre os quais destacam-se notadamente: i) o seu histórico operacional relativamente longo, com foco de atuação bem definido; ii) a boa qualidade e a larga experiência de sua administração, incluindo a presença dos sócios no cotidiano de suas operações; iii) a boa e crescente capilarização de sua rede de correspondentes bancários exclusivos, fator que a coloca em boa posição frente aos seus concorrentes (especialmente de bancos e financeiras de pequeno e médio portes), agregando importante valor à sua marca; iv) a sua estrutura de funding estável, composta essencialmente por aplicações de longo prazo de acionistas e partes relacionadas; v) a sua estratégia de alavancagem apoiada em fundos de recebíveis e parcerias estratégicas; vi) as suas adequadas políticas de controle e gestão de riscos; vii) a elevada rentabilidade atual de suas operações, cobrindo os elevados índices de perda em crédito inerentes aos seus segmentos de atuação. O rating da Omni CFI reflete, por outro lado, a vulnerabilidade da qualidade de sua carteira de crédito ao desempenho da economia brasileira, especialmente os efeitos sobre as classes econômicas C e D, assim como o risco de taxa de juros prefixadas de sua carteira de crédito. Reflete, adicionalmente, os riscos e desafios que se impõem ao seu crescimento, entre os quais podem ser mencionados: i) a manutenção de uma base de funding crescente e adequada em termos de custos e prazos; e ii) o aumento da pressão concorrencial em seus segmentos de atuação. Os fundamentos econômico-financeiros apresentados pela Omni CFI no 1º sem./06 são bons, alinhando-se à atual categoria de rating (A-). A instituição obteve lucro líquido de R$ 2,3 milhões, com elevados 28,0% de retorno sobre o PL (14,0% se considerado o Patrimônio de Referência), em linha com a média dos últimos quatro anos (27,6%). Por conta da elevação de suas despesas operacionais (especialmente das despesas administrativas), o seu índice de eficiência (Custos e Despesas/Receitas), em 98,5%, acusou piora no 1º sem./06, sendo superior àquele apresentado no 1º sem./05, em 89,8%, e ao seu índice médio dos quatro últimos anos, em 94,0% (note-se que anteriormente apenas metade das despesas das parcerias era lançada na Omni CFI). Os índices que medem a qualidade dos ativos também mostraram-se frágeis, embora a elevada rentabilidade das operações venha mais do que compensando as perdas em crédito. A relação D a H/carteira total da instituição ficou 18,3% acima da média dos últimos quatro anos, em 15,2%, mas alinhada aos 18,4% do 1º sem./05. Ao final de jun/06, o perfil de liquidez da financeira era bastante favorável. As operações de crédito com vencimento em até três meses perfaziam R$ 26,7 milhões, contra um montante de R$ 6,4 milhões de Letras de Câmbio com vencimento no mesmo período. A Omni CFI operava, em jun/06, com uma estrutura de capital bastante alavancada, sendo o seu PL correspondente a apenas 7,7% de seus ativos totais e seu índice de alavancagem em crédito de 4,8 vezes. Apesar disso, a financeira mantinha nível de capitalização confortável, favorecida pela presença de capital Nível II. O índice de Basiléia era de 19,0% em jun/06.
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