quarta-feira, 25 de abril de 2007
Austin afirma Rating A- para o Banco BMC S/A e altera sua perspectiva de estável para positiva
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião no dia 13 de abril de 2007, confirmou a classificação A- ao Banco BMC S/A e alterou sua perspectiva de estável para positiva. A nota reflete a boa solidez financeira da instituição exibida ao longo do exercício 2006, manifestada em indicadores de qualidade da carteira de crédito, de liquidez e de capitalização, compatíveis com o grau de risco A-. A mudança de perspectiva manifesta a opinião da Austin acerca dos benefícios a serem colhidos pelo BMC com a anunciada aquisição pelo Banco Bradesco em janeiro deste ano. O banco ampliou a produção mensal das operações de crédito consignado, tendo sido realizadas cessões para o Bradesco dentro do acordo operacional celebrado entre as partes em dezembro de 2004 e, por outra parte, com o FIDC BMC Premium, no produto CDC Veículos, com duas séries de R$ 100 milhões emitidas. O banco retomou as operações de crédito comercial no exercício, ampliando para tal a captação de CDBs, contratou linhas de crédito junto ao Banco Mundial e realizou emissão externa de Euronotes. Tal expansão veio acompanhada de melhores níveis de inadimplência (vencidos> 60 dias / total da carteira) de 4,5% para 1,8%. O banco manteve as rotinas de crédito em linha com o estabelecido na política e reteve uma parcela maior no balanço de créditos para pessoas físicas. O risco de mercado foi devidamente monitorado, exibindo posição em aberto com reduzido impacto na solidez do banco, com o emprego de derivativos para este propósito. O cenário macroeconômico marcado pela tendência de declínio das taxas de juros e de câmbio conspira a favor da redução desta classe de risco. O banco registrou lucro líquido de R$ 91,4 milhões no exercício ante R$ 45,5 milhões em 2005, um aumento de 101%. Cabe mencionar, todavia, que contribuiu sobremaneira para este resultado o ganho líquido não recorrente atrelado à reversão de provisão de COFINS, montando R$ 42,6 milhões, após decisão favorável dada pelo Poder Judiciário. O banco registrou ligeira piora em seu indicador de eficiência (despesas/receitas) como reflexo do aumento mais que proporcional nas despesas atreladas à expansão do crédito consignado. Da mesma forma, seu nível de capitalização declinou de 19,7% para 15,2%, com uma maior retenção de créditos no ativo, reduzindo, com isso, seu nível de liquidez. Cabe mencionar que com a facilidade de serem realizadas cessões para um mercado demandante de créditos com qualidade, a gestão de liquidez tornou-se mais previsível, requerendo um volume menor de recursos em caixa. Afora isso, o banco tem realizado um trabalho, com sucesso, no sentido de diversificar fontes de captação e pulverizar o número de depositantes. A mudança de perspectiva para positiva reflete um melhor posicionamento estratégico do BMC, com reflexo em seus indicadores econômicos e financeiros. Uma política comercial focada na expansão de sua rede de distribuição em nível regional e municipal, na pulverização em torno de um número crescente de promotoras de vendas e uma política de remuneração atrelada ao aumento da produção de crédito, situaram o banco na terceira posição, em termos de produção de créditos consignados ao INSS, segundo dados elaborados pela DATAPREV. Conforme apresentado pela administração do BMC, desde o anúncio da compra do Bradesco, o banco expandiu sua produção mensal, consolidando-se na posição conquistada no último ano.
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