sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Austin atribui ratings A- de longo prazo e A-2 de curto prazo para o BRDE.
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 08 de maio de 2012, atribuiu o rating A- (“A menos”) de longo prazo e A-2 de curto prazo para o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A perspectiva do rating é estável. Com ativos totais de R$ 8.338 milhões e Patrimônio Líquido (PL) de R$ 1.253 milhão (base: dez/11), o BRDE foi fundado em 1961 pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento econômico da região Sul do País, através do financiamento de projetos que visam aumentar a competitividade das empresas que possuem parques fabris nesses estados. A partir de 2009, o estado do Mato Grosso do Sul também passou a fazer parte da área de atuação do Banco (bem como o estado de São Paulo onde atua de forma limitada), porém não compartilha uma posição acionária como os outros estados, que detém cada um uma participação equivalente a 1/3 (um terço) das ações ordinárias. Em todos esses anos, o BRDE trouxe mais de R$ 65 bilhões de recursos para a Região Sul. O apoio a esses empreendimentos possibilita, ainda, a criação e/ou manutenção de milhares de postos de trabalho. Ao final de 2011, o BRDE possuía 31.031 clientes ativos, cujos empreendimentos financiados estão localizados em 1.096 municípios. As operações contratadas no exercício de 2011 atingiram R$ 1.751,3 milhões (em 2010 – R$ 1.830,3 milhões), sendo que a quantidade de operações contratadas foi de 4.898 (em 2010 – 3.975). As liberações totalizaram R$ 1.593,1 milhões (em 2010 – R$ 1.854,0 milhões), enquanto que as aprovações atingiram um montante de R$ 2.166,0 milhões (2010 - R$ 2.274,2 milhões). Alguns números foram menores em relação ao ano anterior, pois o BRDE se viu diante de um cenário inicial desconfortável em relação à atividade econômica e à taxa de juros. A classificação de risco do BRDE está fundamentada na metodologia de avaliação de risco de instituições financeiras da Austin Rating e reflete principalmente: (i) a elevada pulverização de ativos e a diversificação dos segmentos de negócios; (ii) a economia de escala proporcionada pela base de clientes; (iii) os elevados investimentos em tecnologia que serão realizados para proporcionar melhora na eficiência operacional e na qualidade dos serviços prestados; (iv) o perfil do funding, caracterizado pela estabilidade, provendo-lhe recursos a custos competitivos e prazos adequados para financiar suas operações ativas, e baixo risco de liquidez, beneficiado pela rede de distribuição que engloba cooperativas com presença nos estados de atuação; (v) a boa capitalização e folga nos seus limites operacionais, com efeitos na solidez do banco e na sua capacidade de expandir seus ativos; (vi) os bons índices de qualidade de crédito, de eficiência e de desempenho conforme seu perfil de atuação; (vii) a forma conservadora como são definidos os níveis de cobertura contra perdas de crédito; e (viii) a abordagem, no que se refere à gestão dos riscos, apoiando-se em Comitês Estatutários e Comitês Executivos específicos, com bom grau de efetividade, minimizando os riscos aos quais a instituição financeira está exposta. A classificação de risco de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e longo prazo da instituição. As notas atribuídas pela Austin Rating obedecem a uma escala de classificação nacional e servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias que atuam no Brasil e, eventualmente, com atividades no exterior. A escala da Austin não leva em conta e tampouco se limita ao rating soberano do país, este empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação, Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração, Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazo) intrínsecos à instituição financeira em análise. A classificação fundamenta-se na metodologia da Austin Rating para Instituições Financeiras, disponível no site www.austin.com.br.
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