quinta-feira, 21 de junho de 2012
Austin afirma os ratings de longo prazo BBB+ (triplo B mais) e de curto prazo A-2 do Banco Tricury S/A
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 28 de maio de 2012, afirmou o rating de crédito de longo prazo do Banco Tricury S.A. em BBB+ (“triplo B mais”). A perspectiva do rating é estável e a classificação de curto prazo foi mantida em A-2. O Banco Tricury iniciou suas atividades em 1990, a partir da transformação da Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários em banco múltiplo, atuando inicialmente no financiamento de veículos e como administrador dos recursos aplicados pelos acionistas e pelas empresas do próprio Grupo. A partir de 1997, passou a direcionar suas operações para o crédito às pessoas jurídicas foco que mantém até hoje. O Banco é controlado em 100% por dois irmãos da família Cury, os quais possuem negócios relevantes nas áreas de construção civil e no ramo imobiliário. A administração superior é composta por três Diretores Executivos, os dois acionistas e um Diretor Estatutário. A afirmação da nota está fundamentada na metodologia de avaliação de risco de instituições financeiras da Austin Rating e considerou o histórico de bom desempenho, a prudente gestão da carteira de crédito e a boa qualidade dos seus ativos. Também reflete a boa capitalização histórica, a baixa alavancagem da estrutura de capital (Índice da Basiléia de 34,9%, relação ativo total/PL de 3,49 vezes e crédito/PL de 1,78 vezes) e a manutenção de confortável nível de liquidez. A liquidez é beneficiada pela manutenção de elevado volume de caixa e pelo funding composto, em parte, por depósitos de fontes ligadas aos acionistas, clientes cativos e depósito a prazo com garantia Especial – DPGEs, com menor participação de recursos voláteis. A posição de liquidez e de capitalização do Tricury que se beneficiou dos recursos obtidos via DPGE, amenizou o acesso restrito ao funding enfrentado pelos bancos pequenos e médios após a crise de 2008. A avaliação do rating demonstra as dificuldades inerentes a um banco de pequeno porte, referente à concentração do funding, em depósito a prazo com a garantia especial do FGC (DPGE), que deverá ser substituído em razão do cronograma de redução gradual do volume de depósitos emitidos pelas instituições financeiras com esta garantia, a partir de janeiro de 2012, e terá como desafio equacionar o prazo dos ativos com os de captação. A redução do spread pelas grandes instituições financeiras irá pressionar o segmento de crédito para pessoas jurídicas, o aumento da concorrência poderá diminuir o spread e, consequentemente, a rentabilidade do banco. O grande desafio será manter a rentabilidade da carteira e controlar a inadimplência, evidenciada pelo aumento dos créditos vencidos no exercício de 2011.
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