sexta-feira, 18 de março de 2011

Austin retira observação negativa do Rating das Cotas Subordinadas do FIDC Fornecedores Odebrecht

O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 18 de março de 2011, retirou a observação negativa e confirmou o rating A+ (“A mais”) das Cotas Subordinadas emitidas pelo FIDC Fornecedores Odebrecht. A perspectiva permanece estável. A retirada da observação negativa para as Cotas Subordinadas do FIDC Fornecedores Odebrecht está apoiada na metodologia de classificação de FIDCs da Austin Rating. Recentes notícias no mercado apontam para problemas administrativos da Porto Forte Participações, Assessoria Financeira e Fomento Mercantil S.A. (Porto Forte/Consultora Especializada), consultora especializada responsável pela seleção dos direitos creditórios da carteira do Fundo até a data 15 de março de 2011. Devido às dúvidas relacionadas à capacidade da Porto Forte continuar gerando créditos para o Fundo, por meio da prospecção de fornecedores de empresas do Grupo Odebrecht, a Austin Rating havia colocado o Fundo em observação negativa. Esta observação negativa se restringia ao receio da Austin Rating em relação aos possíveis impactos na rentabilidade da carteira, devido ao baixo volume de direitos creditórios e recentes dúvidas sobre a capacidade de geração de créditos da Porto Forte, o que poderia acarretar dificuldade do Fundo em gerar resultado para cobrir os custos fixos. Em Assembleia de Cotistas realizada em 15 de março de 2011, a Porto Forte renunciou às atividades de Consultora Especializada e de fiel depositária dos documentos comprobatórios, passando esta responsabilidade para a Gestora, Valora Gestão de Investimentos Ltda. (Valora Investimentos / Gestora). A Valora Investimentos informou que contratou funcionários habilitados para esta atividade e contratou o mesmo sistema operacional utilizado pela Porto Forte para a prestação dos serviços. Segundo informações da Valora Investimentos e da Concórdia S.A. Corretora de Valores Mobiliários, Câmbio e Commodities (Concórdia / Administradora), o processo de transição ocorreu em comum acordo entre as partes e com o apoio da Porto Forte. Assim, para que a Valora Investimentos possa desempenhar sua nova função com maior naturalidade e para que o Fundo continue enquadrado ao prazo de 90 (noventa) dias para a geração de direitos creditórios, em volumes superior a 50% do PL, estabelecido pela Instrução 356/01, a Concórdia solicitou, em 10 de março de 2011, a prorrogação deste prazo por mais 90 (noventa) dias. Importante considerar que a nota continua fortemente embasada no perfil de risco que o FIDC Fornecedores Odebrecht poderá assumir, com base nos aspectos estruturais das principais características dispostas no seu regulamento. O rating também continua se fundamentando na capacidade de pagamento das empresas devedoras (Sacado) pertencentes ao Grupo Odebrecht. A carteira em direitos creditórios do Fundo deverá ser concentrada em empresas do Grupo Odebrecht, consideradas de baixo perfil de risco de crédito pela Austin Rating. Apesar da retirada da observação negativa, a Austin Rating continuará monitorando a evolução do Fundo, a evolução dos ativos de sua carteira e os resultados apresentados. O último relatório do Banco Bradesco S.A. (Bradesco / Custodiante), referente à posição de 15/03/2011, enviado pela Concórdia, aponta para um PL total de R$ 10.014.160,67 em Cotas Subordinadas. Porém, o Fundo apresenta somente R$ 1.706.605,04 investidos em Direitos Creditórios. O restante está investido em Títulos do Tesouro e Fundos de Renda Fixa Administrado pelo Custodiante. Considerando a substituição da Consultora Porto Forte e as informações passadas pela Concórdia e pela Valora Investimentos, sobre as providências adotadas para garantir a continuidade do Fundo, a Austin Rating entende como viável a composição do valor mínimo em direitos creditórios em 50% do PL em um novo prazo de 90 (noventa) dias. O Administrador do Fundo enviou a ata da reunião realizada em 15 de março de 2011 que, além de outras decisões, informa sobre o pedido de resgate de cotas de um dos cotistas, em razão do novo acordo de substituição da Porto Forte pela Valora Investimentos, na atividade de geração de lastro para o Fundo. Este cotista detém aproximadamente 20% do total de cotas, o que representa algo em torno de 20% do PL total. O último relatório do Custodiante, de 15/03/2011, aponta para um volume de R$ 8.326.823,45 em ativos de elevada liquidez (R$ 5.125.374,43 aplicados em títulos públicos e R$ 3.201.449,02 em fundos de renda fixa administrados pelo Custodiante), aproximadamente 83,2% do PL do Fundo. Esta posição em aplicações financeiras de elevada liquidez demonstra que o Fundo possui recursos mais que suficientes para honrar o volume a ser resgatado.