segunda-feira, 5 de julho de 2010
Austin afirma Rating A- para a Omni S/A Crédito, Financiamento e Investimento
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 26 de maio de 2010, confirmou o rating de crédito de longo prazo A- (“A menos”) e a classificação A-2 de curto prazo para a Omni S/A Crédito, Financiamento e Investimento (Omni CFI). A perspectiva do rating é estável. Com ativos totais de R$ 607,6 milhões e Patrimônio Líquido (PL) de R$ 101,9 milhões (base: dez/09), a Omni CFI, com sede em São Paulo-SP, é uma financeira focada no financiamento de veículos usados (veículos pesados, veículos leves e motos) e concentra suas operações nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil, tendo maior penetração no Estado de São Paulo. Foi fundada em 1968 como Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e, em 1991, foi adquirida pelos atuais acionistas, que, em julho de 1994, a transformaram em sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento. A classificação está fundamentada na metodologia de avaliação de risco de instituições financeiras da Austin Rating e reflete a melhora do nível de capitalização e reduzida alavancagem proporcionada pelo expressivo reforço do Patrimônio Líquido, aumentando de R$ 42 milhões em jun/08 para R$ 101,9 milhões em dez/09 e índice da Basileia de 28,7% (21,6% em dez/08), a experiência da administração nas atividades que constituem o core business, incluindo a presença dos acionistas no cotidiano das operações, o satisfatório histórico de desempenho, o crescimento sustentado a partir de ganhos operacionais, a baixa exposição ao risco de mercado e o baixo risco de liquidez, proporcionado pela manutenção de uma estrutura de funding mais estável, composto por recursos ligados aos acionistas, cessões de créditos, FIDCs com amortizações programadas e DPGEs, não utilizando fontes mais voláteis de captação. Em contrapartida aos aspectos mencionados, o rating incorpora os riscos relacionados ao seu perfil de negócio, como uma financeira independente, de pequeno porte, operando em um ambiente competitivo, com fontes de receita e de funding mais concentrados. Por conta de seu porte e perfil, possui, à semelhança de seus pares, maior vulnerabilidade ao ambiente econômico, com impacto sobre a qualidade dos ativos de crédito (financiamento de veículos usados), principalmente em períodos de restrição de liquidez e maior pressão sobre suas margens decorrentes do aumento nos custos de funding. Em 2009, a Omni foi mais cautelosa, concentrando esforços na administração da carteira de crédito, preservação das margens, reforço da provisão, controle sobre os custos e readequação da estrutura de distribuição, em detrimento de fazer volume. A qualidade dos ativos piorou em função das condições de mercado, as quais impactaram o perfil de seu cliente, cuja capacidade de pagamento é mais sensível ao desempenho da economia e aos níveis de emprego e renda. As revisões conservadoras da carteira e as reclassificações dos créditos também prejudicaram os índices de qualidade, assim como o processo de desalavancagem, priorizando maior liquidez. Em 2009, produziu R$ 447,1 milhões em crédito (em 2008 havia produzido cerca de R$ 1 bilhão). Os créditos classificados nas faixas D a H eram elevados (24,1% do total de créditos em dez/09, 28,9% em jun/09 e 18,5% em dez/08), mas mantinham uma cobertura de provisões satisfatória, equivalente a 79,8% em dez/09, 74,1% em jun/09 e 58,8% em dez/08.
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