quinta-feira, 25 de junho de 2009
Austin afirma Rating A- para a Omni Financeira
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 26 de maio de 2009, confirmou o rating de crédito de longo prazo A- (“A menos”) e atribuiu a classificação A-2 de curto prazo para a Omni S/A Crédito, Financiamento e Investimento (Omni CFI). A perspectiva do rating é estável. Com ativos totais de R$ 538.339 mil e PL de R$ 97.126 mil (base: dez/08), a Omni é especializada no financiamento de veículos usados (caminhões, motos e automóveis). O rating está fundamentado na metodologia de avaliação de risco de instituições financeiras da Austin Rating e reflete a baixa alavancagem financeira, beneficiada pelo aumento de capital realizado no último trimestre de 2008 (no final de 2008 registrou 22,4% de índice da Basileia e o saldo de crédito representava 2,6 vezes o PL), a baixa exposição ao risco de mercado, o baixo risco de liquidez proporcionado pela manutenção de confortável volume de recursos equivalentes de caixa e pela composição do funding, com elevada participação de recursos ligados aos acionistas no financiamento das atividades, o que reduz a dependência de fontes mais voláteis e a longa experiência no financiamento de veículos. Por outro lado, a nota reflete o fato de ser uma financeira de nicho, com ativos e passivos mais concentrados e com foco de atuação em crédito para um segmento mais exposto à volatilidade de ciclos econômicos, uma vez que a capacidade de pagamento do cliente tomador da Omni (pessoas físicas das classes C, D e E) é bastante sensível aos níveis de emprego e renda, os quais foram prejudicados pela retração da economia. Ainda que em níveis aceitáveis, a representatividade dos créditos vencidos aumentou, totalizando R$ 78.314 mil em dez/08, sendo 30,5% do total da carteira, enquanto em dez/07 os R$ 32.427 mil representavam 27,2% do saldo contábil. A Omni tem como desafio combinar adequadamente o volume de produção de crédito e o nível de inadimplência em um ambiente operacional mais delicado em 2009. O plano traçado para este ano estima uma produção de carteira em torno de R$ 500 milhões. Foram realizadas medidas de redução de custos visando ajustar-se a este novo patamar, uma vez que a produção em 2008 foi de aproximadamente R$ 1 bilhão. A financeira melhorou sua estrutura de capital, reforçada pelo aporte de R$ 50 milhões em novembro de 2008. Além da possibilidade de carregar um volume maior de crédito e de outros benefícios trazidos pelo aumento da base patrimonial, o objetivo da realização de um aporte mais expressivo é estar mais preparado para possíveis alterações na contabilização das cessões de crédito com coobrigação, previsto para entrar em vigor em janeiro de 2010. Apesar do substancial incremento do Patrimônio Líquido - PL, a Omni conservadoramente não expandiu seus ativos na mesma proporção, reduzindo a alavancagem (saldo de crédito/PL) de 3,7 vezes em dez/07 para 2,6 vezes no fechamento de 2008. A Omni posicionou-se adequadamente durante o quarto trimestre do ano, reduzindo a atividade de crédito e gerenciando liquidez. A produção de carteira, em torno de R$ 100 milhões/mês de janeiro a setembro de 2008, reduziu cerca de 50% no último trimestre de 2008, quando passou a priorizar a administração do caixa e a adotar maior rigor nos critérios de concessão.
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