terça-feira, 9 de setembro de 2008
Austin atribui Rating BBB ao Banco Tricury S/A
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião no dia 02 de setembro de 2008, atribuiu o rating de crédito de longo prazo BBB e de curto prazo de A-3, com perspectiva estável, para o Banco Tricury S.A. O rating atribuído está fundamentado no suporte financeiro do acionista, na baixa alavancagem da sua estrutura de capital, na regularidade de seu desempenho, nos adequados indicadores de qualidade dos ativos de crédito, reflexo da experiência e do conservadorismo da política de concessão e de gestão do banco (todas as decisões são tomadas de forma colegiada entre os acionistas) e nos bons níveis de capitalização. A Austin avalia como positiva a estratégia bem definida da administração para os próximos anos, a contratação de profissionais de mercado para as áreas comercial e de crédito e a mudança da sua estrutura física para um espaço mais amplo, adequada para o pleno desenvolvimento das operações do banco. Em contrapartida, o rating reflete o porte modesto e as dificuldades intrínsecas a um banco pequeno, com acesso limitado a fontes de captação e estrutura de ativos e passivos mais concentrada. Da mesma forma, incorpora as dificuldades inerentes a um banco pequeno, para se manter competitivo no longo prazo. O risco de crédito está centrado nas operações de curto prazo, principalmente contratos de mútuo e cédulas de crédito bancário para pessoas jurídicas do chamado middle market, principalmente pequenas e médias empresas. A carteira tem exibido elevada qualidade, beneficiada pelo conservadorismo da gestão e exigência de garantias, com elevadas chances de recuperação dos créditos problemáticos. Para gerir suas operações, conta com uma estrutura enxuta, mas que deverá crescer para sustentar o crescimento almejado. A estrutura de capital é pouco alavancada (índice da Basiléia de 24,7%). O total da carteira de crédito representa menos de duas vezes o seu PL, enquanto que o total do ativo representa cerca de 2,3 vezes o PL. O financiamento de suas operações se dá por meio de recursos próprios, de fontes próximas aos acionistas (pessoas físicas e empresas ligadas) e de terceiros. A estratégia é aumentar a participação do mercado no funding do banco de forma a sustentar seu crescimento e reduzir a dependência dos recursos dos acionistas no seu funcionamento. Acompanhando o crescimento da carteira de crédito, os depósitos do banco apresentaram significativa expansão. Em junho de 2008, seu volume cresceu 109,01%, totalizando R$ 257,3 milhões (R$ 123,1 milhões no 1° sem/07), sendo R$ 227,3 milhões em depósitos a prazo (R$ 105,4 milhões no 1° sem/07), R$ 27,1 milhões em depósitos interfinanceiros (R$ 15,4 milhões no 1° sem/07) e R$ 2,98 milhões em depósitos à vista (R$ 2,31 milhões no 1° sem/07). Em junho de 2008, a instituição obteve lucro líquido de R$ 10,05 milhões, com 25% de retorno anualizado sobre o PL, bem acima da média do seu peer group (15,4%). O seu índice de eficiência (Despesas/Receitas), em 18,9%, continuou adequado, sendo ligeiramente superior àquele apresentado em junho de 2007, de 17,7%. A carteira de crédito reportou aumento de 73,3% sobre o montante reportado no primeiro semestre de 2007.
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