quinta-feira, 29 de maio de 2008
Austin afirma Rating BBB ao Banco Rural S/A
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 16 de maio de 2008, confirmou o rating BBB e a perspectiva estável ao Banco Rural S/A e lhe atribuiu a classificação de curto prazo A-3. Os números reportados em dezembro de 2007 retrataram o estágio aprofundado da reestruturação empreendida pela administração do Rural, desde o ano 2004, com o alcance no ano passado do ponto de equilíbrio operacional, após dois exercícios contabilizando prejuízos líquidos. O indicador de eficiência (despesas / receitas) do banco melhorou no período, caindo de 184,7% em dezembro de 2006 para 60,3% em dezembro de 2007. O banco encerrou o exercício do ano passado mais capitalizado, com índice de adequação de capital (Basiléia) de 20,9% ante 15,4% em dezembro de 2006, fruto do lucro líquido apurado em 2007 e, mais notadamente, com a injeção por parte dos acionistas de R$ 100 milhões com a venda a terceiros por empresa do grupo, de precatório detido junto ao governo do Estado de São Paulo. A entrada destes recursos ampliou a capacidade de originação e retenção de créditos pelo banco, em um momento de retomada gradual de suas atividades. O Rural apresenta bons indicadores de liquidez. A análise de gaps de prazo realizada pela Austin Rating identificou casamento de prazos nas várias faixas de vencimento analisadas, tendo o banco feito uso de cessões de crédito para manter um maior volume de recursos sob a forma de aplicações financeiras. Encerrou o ano com captação líquida de depósitos positiva e queda no saldo da carteira de crédito bancada no balanço. A captação de CDBs do Rural foi retomada embora encontra-se concentrada em torno de poucos depositantes, notadamente pessoas jurídicas não financeiras e o remanescente perante pessoas físicas, bem como por meio das empresas coligadas domiciliadas no exterior. Em comparação com a forte queda no saldo da carteira de crédito, no período compreendido entre junho de 2004 e dezembro de 2006, este apresentou volume mais estável declinando de R$ 946,3 milhões em dezembro de 2006 para R$ 805,8 milhões em dezembro de 2007. Considerando, no entanto, as cessões para FIDCs e instituições financeiras o saldo total da carteira montou respectivamente R$ 1.323 milhões e R$ 1.411,1 milhões, apurando um aumento de 6,7% em doze meses. A boa qualidade da maioria das operações presentes na carteira de crédito permitiu ao Rural honrar depósitos durante as crises ocorridas no final de 2004 e ao longo de 2005. Seu indicador de inadimplência (vencidos / total da carteira) que alcançara níveis elevados em dezembro de 2006 (31,3%), embora ainda elevado com relação aos bancos que atuam no crédito consignado e no middle market, melhorou ao final de dezembro de 2007, dada a baixa de provisões contra o resultado e cessão de créditos em atraso classificados no nível H, alcançando 10,1%. O risco de mercado tem peso pouco expressivo e reduzida interferência no resultado do banco, sendo devidamente monitorado. Visando recompor a imagem perante ao mercado e minimizar os riscos operacionais, o Rural tem contado com serviços terceirizados de auditoria interna e a presença de consultores externos assessorando o Conselho de Administração e a Diretoria, em matéria de cunho estratégico, legal e administrativo.
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