terça-feira, 6 de março de 2018
Austin rebaixa, de‘brBB+(sf)’ para ‘brBB-(sf)’, o rating das Cotas do GGR Prime I FIDC; a classificação segue em observação negativa
A Austin Rating informa que, em 27 de fevereiro de 2018, rebaixou, de ‘brBB+(sf)’ para ‘brBB-(sf)’, o rating das Cotas (Classe Única) do GGR Prime I Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (GGR Prime I FIDC/ Fundo); a classificação segue em observação negativa. A ação de rebaixamento do rating justifica-se, principalmente, pela piora da qualidade da carteira do GGR Prime I FIDC desde a última revisão, realizada em 08 de dezembro de 2017, oportunidade em que a Austin Rating já havia realizado um rebaixamento significativo, de ‘brA-(sf)’ para ‘brBB+(sf)’, e mantido a classificação em observação negativa, em razão, sobretudo, da elevação do risco de inadimplemento de emissores de diversos ativos presentes na carteira do Fundo. Este novo rebaixamento ocorre diante da confirmação, no último trimestre de 2017, da tendência apontada por essa agência, já que, desde set/17, data final do período-base da revisão anterior, até o final de dez/17, a soma das parcelas em atraso saiu de uma participação de 3,9% para 8,0% sobre a carteira. No mesmo período, a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) passou de 4,3% para 6,4% da carteira, destacando-se que, reagindo ao aumento da PDD, as Cotas rentabilizaram, no acumulado dos últimos 12 meses até dez/17, apenas 49,1% do benchmark, fato que contribuiu para o ajuste na classificação. O rebaixamento do rating e sua permanência em observação negativa estão ligados também à presença de incertezas quanto às efetivações das negociações de ativos (emissões) que encontram-se inadimplentes (obrigações pecuniárias e/ou enquadramento de garantias e demais condições previstas nos instrumentos dessas emissões), que até a data desta revisão ainda não se confirmaram, o que, a despeito da presença de posição relevante de caixa final de dez/17, indica a piora do risco de liquidez do Fundo no horizonte de curto e médio prazos. De fato, embora o caixa de dez/17 e a previsão de recebimentos de parcelas referentes operações em curso normal confiram algum conforto com respeito à liquidez de curtíssimo prazo – ou seja, para os resgates até o final do primeiro semestre de 2018 (R$ 45,0 milhões até jun/17) -, diante do perfil de risco de crédito de outras diversas operações, tornou-se menos provável que os fluxos de entradas do Fundo alcancem todas as obrigações previstas (resgates), o que justifica o ajuste da percepção de risco nesta revisão trimestral. A Austin Rating salienta que, não obstante as emissões presentes na carteira do Fundo serem dotadas de garantias reais imobiliárias que conferem chance de elevada de recuperação em caso de default dos Emissores, o risco de falta de liquidez é considerado substancial, dada a imprevisibilidade quanto ao prazo de execução e liquidação dessas garantias. As ações de rating realizadas em 27 de fevereiro de 2018 levaram em conta o fato de a GGR Gestão de Recursos Ltda. (GGR) estar passando por um processo de alteração societária, o que já está se refletindo em alterações na equipe de gestão do Fundo. Apesar disso, em reunião realizada em 22 de fevereiro de 2018, foi apresentado por aquela gestora um plano de recuperação que inclui a participação dos principais membros nas negociações a serem realizadas nos próximos meses, o que será atentamente acompanhado por essa agência.
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